Se não me dou importância,
Como me importar com o meu semelhante?
O que fazer com a minha ignorância
Se no trato com outros sou irreverente?
Ponho-me a parlapatear, coisas sem conteúdo
E a minha falsa virtude vai por terra.
Eis-me a mostrar ignorância que ultrapassa o absurdo,
E que longe estou daquele que o amor persevera
Se não dou vivas, exalto vitórias, aplaudo triunfos
É por faltar embasamento daquele de sentimento sincero,
Envolto de calor humano e não de um malfadado arrufo,
Pensando que não há cura para meu mal, vou ao desespero!
Se não domino o meu eu negativo,
Se do que como não sinto paladar!
Quem sou eu afinal um morto vivo?
Submeto-me a quem queira me julgar!
Sábio serás tu se me condenares
Mandando-me com este texto sem conteúdo,
Que vá navegar em outros mares,
Ou no oceano por ser mais profundo
Dos meus vividos noventa anos, amealhei erros e acertos.Não fiz história mas aplaudo àquele que por ela passou e hoje é lembrado e dito como saudoso. Não faço parte grupo de obreiros que marcaram sua passagem notáveis que foram,Em casa agora recebendo ordens, virei criança!
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