O fim pode até ser igual ao começo
Mas tente apenas começar
Ter um começo, meio e fim
E não cortar uma vida inteira pela metade
É tudo diferente quando se começa
Sem nevoeiros e profundos pesadelos
 
O começo chegou igual ao fim
A diferença foi continuar vivendo
Somamos os medos já multiplicados
Mas não continuamos iguais quando acreditando
Ser diferente às vezes é estar aqui sozinho
Quando se soma indiferença e maldade
 
Mais um nevoeiro atravessa a madrugada
Pesadelos a esconder a luz da lua
Vida pra ser mais exato
Que se repete ao cheiro humano
Ao simples toque de querer dizer sim
 
Mas o fim não é igual ao começo
Estamos sempre sozinhos quando acontece
Unidade é o que eu sou, é o que lamento não mudar
Se olho dentro de mim e tantos átomos questionam a solidão
Onde ali os pensamentos não podem construir mais nada
 
Cobrem os sonhos com seus nevoeiros mais prováveis  
Por onde se ama cada novo amanhecer
Mesmo indeciso se estou no meio de minha vida
Sei estar aqui sozinho
Nem sempre solitário já que tudo recomeça
E se o fim for igual ao começo

 
Tudo bem.

Professor Jedson
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