Um caos cósmico untado de amor e descobertas
Um encontro ao limiar da criação,
Da gêneses descrita em versos de purgar cada poeira cósmica
A recriar a humana forma de amar...
O verter leite dos seios de pedra,
Quem fecundará a morte, no garrote de dar vida a vida?
Anseios segredos de sonhos siderais, as descaídas atrações letais
À beira dos precipícios da gravidade da terra,
Os ventos passeiam despidos, cantando-me aos ouvidos um verso drástico,
Com o romper dos instantes, a recita das tempestades,
O rosto maquiado de incertezas, o fascínio pelo medo, os trejeitos de quem veio para ficar,
Nesta o impacto da presença amada reflete-se nas vidraças,
Nos pactos de compromisso na contrição do versar e orar,
Disseminada matéria fadada à magia,
Ao festejar das constelações que nos caem aos pés.
Então comovo-me ao presente que trouxeste-me, um sopro sublime de vida,
Um arcabouço no santuário de espocar supernovas
A aspiração, a boca que arfa o sentidos que exalam a gratidão,
A vastidão dos sentimentos espalhando galáxias aos olhos de Deus
Charles Burck
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