Tenho fugido de mim mesmo com medo de me encarar,
Corro do meu não querer e acabo de frente com o mesmo.
Meu vislumbro é esquadrinhar minhas emoções
E estas me prendem e me abraçam nas decisões.
Escura é a noite e mais escura é minha mente,
Toda luz que me falta esta em teus olhos.
O vento é suave e leve, mas não me refresca.
Um mundo de sonhos e fantasias,
Contos e encantos, amor e magia é o que vivi procurando;
Hoje é como se isso não existisse.
Falta-me cor para viver...
Navego num pequeno barco à vela.
Ventos fortes levaram-me ao alto mar;
Agora, ondas de mais de cinqüenta metros
Lançam-me bruscamente para baixo.
Quando pego caneta e papel; temo o que irei escrever.
Meu questionamento só Deus pode responder.
Sempre vivi em função dos outros e ainda vivo.
Não quero continuar assim e não consigo ser diferente.
Quando não se tem punho e nem cunho;
Uma flanela lustra a lápide do túmulo.
Meu mundo gira ao anverso da rotação terrestre,
Meu caminho espelha a translação.
Meu coração estar dilacerado e minha mente espatifada.
Prendo-me para não defasar minhas glândulas lacrimais
Ainda assim, não me controlo.
As estrelas de meu universo estão ofuscadas
E todos os astros estão desalinhados.
Um suplício me é enfadonho e torpe:
Esquecer o passado, viver o presente
E não errar no futuro.