Que tal publicar a poesia de sua vida

sobre a pele impressa da louça fina

e comê-la como fazem as abelhas

com o pólen semeado pelas rosas?

 

Que tal amar seus versos

como fossem imersos

no vinho envelhecido

que dorme aos pés do carvalho

ressonando videiras

de feltro líquido?

 

Que tal dessentimentalizar suas criações

a tal ponto qie soem como libidinosas orações

sacras secas fartas lúdicas vastas

como a todo poeta convém?

 

 

Prieto Moreno
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