Além de mim,
quem pensa o que penso,
que bebe mais vento
do que beber tento,
que sente mais por fora
o que me acossa agora,
quem, quem,
poderia me dizer alguém?
Que busco na casa da poesia
o sofá para o sono reparador,
que me dá ela, todo dia,
o sopro de seu calor?
Além de mim,
quem poderá abrir o mar
da prórpia consciência,
cunhar
o eu perfeito
na própria presença?
Prieto Moreno
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