Anda, poesia,

que já raia o dia

e o campo ainda não está arado...

 

Vejo, ao longe, homens ocupados

com suas enxadas e ancinhos,

nenhum deles ainda bebeu do teu vinho...

 

Cresce o mato ao redor dos teus pés,

sobre sobre ti ramas se arvoram supremas

mal sabendo elas que o mal não vale a pena...

 

Anda, poesia,

que te espreita o sonho ainda imerso,

a esperar que o acorde com teus versos...

 

 

 

 

 

Prieto Moreno
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