Por onde se escondeu oh! beleza.

por uma destas noites.

vagarosa de inverno.

Em que o brilho do céu.

Sem lua é vivo e trêmulo.

Em que o gemer das matas.

É profundo e longo.

Em que a solidão das praias.

É compartilhada com o oceano.

Fragosa, absoluta e tétrica.

A hora em que os homens.

Se recolhem nas suas moradas.

Em que pelos  cemiterios o orvalhos.

Se perdura do topo das cruzes.

E goteja das bordas das campas.

Em que dormem os mortos.

Esquecidos dos afetos humanos.

O sono enxugou-lhe as lágrimas.

Havera paz nos túlmulos?

Deus sabe o destino de cada homem.

Para que ai repouse, eu sei.

Eu sei que há na terra o esquecimento.

Mas quem quer ser lembrado.

há não ser pelo criador.;

Gracy lainy Neves de Moura
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