Indo

como o faz o sol rumo ao ponto ômega de toda fuga

lindo

como faz a lua toda trôpega do seu amado em busca

a sentir na sola dos pés a terra de nossos ancestrais

descubro como se por acaso fosse

uma força viva e asssustadora

que vive em todas coisas

que mora nos campos

no corpo das vacas

no limão verde e azedo

descobri

por acaso

que não há que se temer e nem ter medo

quando o claro de sensação verdadeira

abre sua sombrinha de pequenos desejos

fazendo nascer como phoenix outra vida inteira...

 

Penso em tua mão escrevendo a poesia que te conforta

e a quem aparece na porta

e diz..."o café está pronto..."

são teus versos absolutamente amorosos

o teu ouro se espalha

tua prata não se acanha

nem o bronze enferruja

ganhaste de todas as formas o direito de respirar poesia

assim é feita a matéria que se levanta da cama

e caminha de braços dados com o vento

a espargir alegria... 

 

Prieto Moreno
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