Eu me esqueci que não podia
fazer uma festa sem ter alegria
caminhar sozinho no fim do dia
deixar a paz que tanto me envolvia,

Eu me esqueci daquele gesto mais nobre
que a simplicidade era o que me fortalecia
que a alegria estava no coração do pobre
e que a felicidade não é mérito da aristocracia,

Eu me esqueci, andando cambaleante
dos meus mais singelos instantes
do fruto que sobrava abundante
da harmonia de um ambiente distante,

Eu me esqueci, que a dor me traz o tropeço
que as lagrimas, me provocam o desprezo
que o erro me conduz a um novo começo
e que o perdão, alivia o meu endereço,

Quero voltar correndo aqueles belos momentos,
buscar com vibração, a felicidade que me abraça
afastar da minha beira os maus pensamentos
Esquecer de vez, o esquecimento que me afasta.

Repousar sereno, nos braços que acalenta
derramar as lagrimas, do arrependimento
nos pés de Quem, me livra da tormenta
e me segura no desconhecido Firmamento.

Caminhar de mãos dadas, na escuridão
com quem sempre me estendeu a mão
que clareia meus passos em qualquer direção
e tranquiliza sempre meu aflito coração.


Joaquim Jose Tinoco de Oliveira
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