Corpo e alma...
Moço haverá de nascer outro braço sobre meu tronco...
Ou outra mão sobre o meu braço...
Meus dedos poderão se movimentar novamente...
Poderei distinguir novamente objetos a minha volta.
Ou caminhar e talvez correr sozinho sem muletas...
Moço haverá algum milagre que me fará ouvir...
E flutuar sobre as ondas do mar e talvez nadar...
E em silencio os olhos levantar para o sol sentir...
Moço esta terra que agora expurga fogo poderá sob o ar serenar...
Gotas de águas como se fossem promessas de vida...
Vindas do além para minha alma refrescar...
E trazer a paz que acredito.
Moço este coração já triste e machucado...
A espera de esperança e luz no iniciar do dia...
Que adormece no findar do dia...
E resplandece na esperança de um novo alvorecer.
Carlos Donizeti (DA)
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