DE LUIZ HUMBERTO
Pediram-me para fazer
Um poema para uma aranha
Logo imaginei a dona aranha
Escutando tal pedido
Que comentário ela teceria?
Depois de alguns dias
Comecei a tecer o poema
De um fio ao outro
Digo: de uma linha a outra
Uma vez com um verso pronto
Finalizei bem a trama
Percebi que ela não estava bem amarrada
Senti- me confuso, um pouco tonto
Preso na própria teia
Falar de aranha,
Que coisa estranha!
Nada sei sobre elas
Nem das pretas nem das castanhas
Nem das brancas ou amarelas.
Pensei, pensei e repensei
Olhei para trás e reli
Incrível, eu havia tecido um poema!
Bastava dedicá-lo a uma aranha
Bem, isto eu posso fazer amanhã pela manhã....
(14-05-97)
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