Promessas Rasgadas

Hoje  meu dia nem bem amanheceu, eu já-o tinha vivido em detalhes antes mesmo dele chegar.

Fiz as unhas do jeito que você gosta, arrumei meus cabelos como se fosse à um primeiro encontro.

Escolhi minha roupa à dedo e me perfumei somente pra você.

As horas voaram como nunca, até ás nove em disparada, mas depois disso se arrastam como se grudadas.

Já passam das dez e você ainda não chegou, meu celular de tão mudo, parece desligado, mas não está.

Agora já não mais resta esperança alguma, sei que não vem mais e nem sequer me ligou pra uma justificativa me dar, mesmo que de mentira.

Meia noite e lá vai tantas, meu corpo já nao mais resiste a espera e adormeço, em profunda mistura de ódio e esperança de ter algo acontecido à você, mesmo que prezo pelo seu bem, mas sinceramente eu queria que não fosse o seu não querer.

Agora já é dia, meus olhos mal se abrem inchados de um choro que você nem sabe que existiu.

Te encontro em meio a tantos e você nem percebe que estou aqui, após noite de espera, de promessas rasgadas que você deve nem se lembrar que fez um dia, melhor dizer, à exatamente um ano .

Quantas coisas você me disse a uma ano atrás e hoje vejo que nem uma simples data tão importante pra mim você lembra mais.

Somente promessas, que ficaram jogadas num canto qualquer de uma memória morta, promessas , nada mais que meras promessas. Você nem se quer lembrou e outrora eu jurava serem de verdade pena que foram feitas no mais ardente e cálido calor. Que vejo agora após um ano que simplismente esfriou.

 

Mônica Botelho
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