A CANÇÃO DO VENTO
Esta noite,
Vento forte
Na janela do meu quarto batia, batia!
 
Eu, na cama, enroscado, quentinho 
Não me queria levantar!
O vento, sempre forte,
A assobiar, batia batia, 
Eu não adormecia!
 
Que fazer?
Então, com ele fiz um contrato,
Propus-lhe que não fosse chato,
Em troca fazia-lhe um poema
Em que ele seria o tema!
 
O vento aceitou, amainou,
Eu cumpri,
Fiz o poema da canção do vento,
Com ela adormeci!
 
O vento,
Da canção gostou,
Aprendeu-a, cantou-ma!
 
De manhã, cedo,
Acordou-me.
Não tive medo!
 
Eu gosto do vento, da sua fala,
Quando ele, de mansinho me embala
E me acorda, cedo,
Para com ele, sem medo,
Andar embalado,
E sentir-me marinheiro,
Em mar de inspiração não navegado!
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Autor deste original: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(Figas de Saint Pierre de Lá-Buraque)
16/10/2009

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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