Sabe quando o amor faísca sobre nós todas as tuas veias de luz?
Como linhas turvas, desvairadas
à pairar cintilantemente em nosso ser,
adormecido de prazer, constituído de ternura e
embalsamado de êxtase, contentamento morno,
cortês para com minha necessidade de excessos.
Serenamente lívido, meu rosto que trás a essência do clamor,
dos lábios que se desfaz em risos.
O amor está em meu corpo, latente, beirando à fúria,
ao sarcasmo de não amar, retardar-se desoladamente,
ansiando o desfecho prometido, o deslize de todas as intenções,
esvaecendo-me os sonhos, os calores, todos os doces que a
Princesa me trás.
O amor está na minha cor, nos meus traços, nos meus passos.
O amor volta comigo e tem toda a autoridade para substitui-la,
porém, essa tríade não passa de um único corpo.
Ela, o Amor e Eu.

No trem!!! 24/05/05