Eu não sei o que houve comigo
Estou fora do ar
Sem altar, nem lar
Estou sozinha e só tenho ao meu calor
É um horror
Eu estou pálida
Espiritualmente lívida
Exausta
Esse meu amor voltou pungente hoje
Latente de amargura
Esse meu amor
É o que eu tenho de mais precioso
É a minha vontade de viver que está em jogo
É a minha fraqueza sobressaindo-se
É o meu temor se espalhando
É a tormenta insinuante ao redor de meus prantos
Peço socorro, peço um tempo
Peço uma pausa
Peço uma canção mais suave
Peço um ritmo menos descontente
Peço um abraço
Peço só um abraço teu
Um abraço
Meu corpo está desiludido
Deixou de confiar em mim
Eu não posso faze-lo feliz
Eu tenho uma cautela exagerada.

No trem, 17/05/2005