Ao meu melhor amigo,
Faço essa simples homenagem.
Estava sempre comigo,
Sem me fazer malandragem.

Huylboor era seu nome,
Inteligente como ele só,
Economizando pronome,
De todos era o xodó.

A vizinha e o carteiro,
Sentiram com sua morte.
Como também o leiteiro,
P’ra não chorar se fez de forte.

Era dócil e muito inteligente,
Sentava, rolava brincava de morrer.
Fazia coisas que muita gente,
Não era capaz de fazer.

Me dá um nó na garganta,
Ao lembrá-lo, no portão,
A sua alegria era tanta,
Ao me ver chegando então!

Mas como nada nessa vida,
É eterno ou permanente.
O meu companheiro de lida,
Foi-se embora derrepente.

De brincadeira e esperteza,
Deixou como lembrança,
Uma enorme tristeza,
Para toda a vizinhança!

Aqui descrevo a saudade que sinto de meu cãozinho amigo, não só minha mas de todos que com ele conviveram, pois ele era um cão especial!

Santo Antonio da Platina

Heitor Brustulim
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