Tal qual um ator amador esquece a cena,

Com o medo sua lembrança vai embora,

Ou um animal feroz cujo excesso a raiva,

Em sua solidão ,fraqueja e chora.

 

Assim sou eu, porque amo de verdade,

E na própria força do amor me perco,

Entregando-me a eterna falsidade.

 

Há! Deixe que eu ame enlouquecidamente,

Que o mudo presságio do meu peito, transborde,

E que a dor seja minha maior recompensa! 

Marcos Maluly
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