VALIDADE VENCIDA

VALIDADE VENCIDA
Por: Selda Kalil


Coração com prazo de validade vencida
Chora pela falta do seu amor perdido
Não soube revalidar no tempo certo
Vencido ao Léu à mercê de um acaso desprovido

Incapaz de recompor o que ainda era tempo
Deixaram-se as margens do desleixo e desprazer
Morreu pela manha sem tempo ao entardecer
Sem voltas contra voltas ou meras revoltas

O acaso nunca foi motivo de superação
Quando realizadas em prol do desprazer da união
Sem direitos e deveres a favor de reivindicações

Um jardim quando bem cuidado recompõe flores providas
Não vencem e nem morrem quando de fato protegido
Resultando flores novas e perfumadas em todo amanhecer

SELDA KALIL
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