(Soneto a) Pomba Ferida

Ali no terreno frio
A pomba ferida jaz
Com seu peito tardio
Do amor que em seu coração traz

Com a alma à meio fio
Do amor que não viveu jamais
Caída do céu azul anil
Esperando que a morte traga paz

Sentindo só saudade e desilusão
Da parca história que não viveu
Levando em suas asas toda a dor e medo

A pomba (como seu amor, Musa), enfim morreu
Contando nesse frugal soneto
A triste história do meu coração.