Difícil conter os pensamentos
Quando estes insistem em viajar até o passado
Trazendo para a lembrança recente
A história do amor começado
Onde os olhos, agora já sem vida
Para o nada olham
Deixando brotar, devagarinho
Um fio de água em seu íntimo
Começa devagar, como traz o pensamento
Logo se enche, não cabendo
E, uma lágrima tímida teima em escorrer
Pela face, sem eu perceber
Corre por todo olho e chega no cantinho
Escorrendo de mansinho
Rolando, caindo
E nessa queda fatal
Tenta em meus poros se agarrar
Como eu me agarro no último fio de esperança
De um dia com ela ficar
De um dia ela voltar
Mas como essa esperança, de nada adianta
Essa tímida Lágrima tentar
Não rolar para o fim
Onde tudo irá se acabar
E, quando de minha face escorregar
E rumo ao chão se encontrar
Terá a certeza de que tudo se foi
Nessa queda interminável tenta de qualquer forma
Se conformar, entender por que caiu
Se nos olhos estava, pela face passou
E rumo ao chão despencou
Adeus Lágrima tímida
Que em seu curto caminho
nasceu, amou, sorriu e viveu
Mas, agora, como eu
Está triste ...
Morreu ...