A MULHER QUE EU AMO AGORA

 

Um convite é seu sorriso,

como o sol que doira  a aurora,

para errar no paraiso

de su`alma encantadora.

Quero dedicar meu friso,

meu anelo e alegre riso

à mulher que eu amo agora.

 

Ela é timida e sutil,

do jardim parece a flor

que derrama aromas mil,

perfumando-me de amor;

divisando o céu anil,

nada achei mais pueril

que seu suave primor.

 

Quando estou ao lado dela,

é uma festa a minha vida.

De sua fala singela,

de sua fala querida,

germina a mensagem bela,

a qual me transforma aquela

face torva ou dolorida.

 

Senti-la, risonha, ao lado

de meu ser que sempre chora

é mais que um sonho encantado,

que a paixão tanto aprimora;

é sentir-se o mais amado,

por isso, tenho esperado

a mulher que eu amo agora.

 

Nada quero que lhe leve

o fulgor de seu olhar.

Não quero que seja breve

seu riso familiar,

nem que em seu seio esta neve

da acre tristeza se eleve,

seu jeito meigo a esfriar.

 

Que meu Deus a proteção

derrame sobre esta infanta,

em meu ledo coração,

também preservo esta santa.

Que meu Deus - minha nação -

nunca deixe em solidão,

o anjo que  me encanta.

 

Pois ela trouxe-me abrigo,

quando triste estive outrora.

Chamou-me de seu amigo,

mesmo quando fosse embora.

Ela é o sonho que eu persigo,

quem tanto quero comigo,

a mulher que eu amo agora.

 

 

Alexandre Campanhola
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