CORDA BAMBA
Por: Selda Kalil



Minhas historias de amor,
já deram o que falar.
Caiu na boca do povo.
Tornei-me famosa...
Tornei-me popular.
Vou cortando meu caminho...
Sem olhar para trás.
Que venham maus olhares...
Dizer-me coisa e tal.
Não me intimido com cara feia
Cada um é cada um...
E nem sempre são iguais.
Casa de ferreiro, espeto de pau...!
Olhe só seu umbigo...
Bem debaixo de seu nariz.
Seus olhos tem direção...
Se tu segues só em frente...
Sua vida seguirás adiante.
Desviam-se olhares abaixo,
tropeçam-se.
Atropelam seus vizinhos...
Fica-se em corda bamba...
Cai no precipício.
O retorno será difícil
O mar existe...Os impios também 
Vigiai suas cinzas...
Ou chegarás a um triste fim.
Cala-te e sigas em frente.
Sua vida somente a te pertences.




SELDA KALIL
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