Em meio à mata,
uma viagem transcendental
eleva a mente e o espírito.
O corpo não responde mais.
Os comandos estão todos
à deriva,
obedecendo apenas
o som natural.
A parte morta da mata viva
foi posta em holocausto
para retornar ao seu
estágio primeiro:
o pó.
Um ritual sagrado
reúne todos os viventes
acompanhando juntos
o momento solene.
O silêncio,
quebrado apenas
com o farfalhar das chamas,
nos faz refletir sobre
quem somos
e o que aqui procuramos.
E se encerra a celebração
com uma enorme festa
com o canto de todas as raças,
selando a noite
e a morte.
É chegada a hora da vida,
que renasce.
E ela é linda e bela!
Débora Garrido Lima
© Todos os direitos reservados
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