MORTE DE TI EM MIM

Meu corpo anseia pelo teu,
pelo calor do teu coração,
por teus braços acolhedores,
teu sorriso calmante,
teu olhar desejoso
e amável.
Em meio a um redemoinho
de sentimentos e ressentimentos,
eis que surge tua face
refletida nas águas,
onde clamo por uma resposta.

Não sei o que fazer,
o que pensar,
o que querer.
Coração partido, desejo dividido.
Sinto-me como se comportasse
milhares de almas em meu corpo.
Sinto-me envolvida, influenciada,
reprimida por todas elas.

Meu coração, sufocado,
não sabe que caminho trilhar.
Não sabe ao certo
qual parte do caminho
pertence à tua estrada.

Parece que meus tímpanos
estão sendo perfurados.
Um enjoo me consome.
Os olhos lacrimejam,
as pupilas dilatadas, queimam.
Minhas pernas vacilam
E um sopro de dor
me faz lembrar que estou viva.

Um corte, um tiro, uma facada
E tudo se acaba!
 

Débora Garrido Lima
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