Que saudade das manhãs tão lentas,
das tardes rebeldes, meus senhores,
das noites em que a face cansada
erguia-se à voz dos professores.
Saudade dos livros esfolados
que em minhas mãos se abriam quais flores,
de cultivar as doces palavras,
que floresciam dos professores.
Dos olhares de orgulhoso afeto
e daqueles súbitos rigores,
quando, de minha singela imagem,
eles eram nobres escultores!
Que saudade dos sinceros laços
a unir alunos e seus mentores;
do familiar respeito entre ambos,
do germinar de tantos amores.
Saudade do tempo estudantil,
de buscar os prósperos fulgores,
não me cansar de ouvir e aprender,
cada gota honrar de seus suores.
Da esperança em cada olhar brilhante,
daqueles humildes sonhadores...
Que saudade do ansioso abraço
Que saudade de meus professores!
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