Longe me olha a morte com olhos furtivos...como se fossemos inimigos...pelas minhas ações ela se aproxima...mais perto estará depois desta rima...vigia, disfarça...desloca...se enfia...procurando uma brecha...agendando um dia...de longe me espreita em silencio horrível...não a escuto, seu som não se faz audível...seu pulo é certeiro...seu bafo é gelado...suas mãos não afagam...seus olhos são negros...escondem segredos...que a nós não se revelam através de nosso vão entendimento...muitos tem este tormento...de não saber da morte a metade...de perderem sua validade...mas lhes digo isso é vaidade...quem me dera poder sucumbir deste mundo...eu em meu raro sono profundo...esquecer desta vida terrena e acordar em uma nova cena...sem duvidas de onde estou...ou para onde vou...mas ainda nos fazemos aqui presentes...aguardando tal dia...impertinentes...dado fim os meus dias...estarei eu desnudo, com vim eu ao mundo...esperando aquele dia...em que a todos que creram...sim revê-los-ei de novo...

MARINI
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