Palavras numa tarde sem inspiração

Palavras numa tarde sem inspiração

Forjada feito aço,

eu não acho minha ideia contundente

em mundo que vive às avessas

ela se mostra quente

e sempre vem, não para decaptar cabeças

tampouco pra servir de correntes

que aprisionam inocentes

nem para semear entre os parentes o ódio,

mas para te livrar do ópio televisivo,

mostrar-te que o fim é óbvio

e que existe outro caminho

contudo existem indivíduos,

que roubam, matam e trapaceiam os seus

que sobrevivem do sobrejugo da massa

que acham graça até desgraça

e quando perguntados da culpa

vao logo arrumando esfarrapadas desculpas

ou a pondo em algum deus

porém os meus esforços é contraponto

e não são poucos os motivos

eu grito em meio aos moucos

mas são tão lentas e tão contrárias

e tão subordinadas a interesses,

pois há quem queira

que não se creia nas leis.

E há quem até faça muita prece

Para que a coragem de lutar nos falte

e Que a verdade não seja dita

e ouvida em todos os cantos

ou que o brado retumbante do povo

seja vertido em pranto e silenciado

calado por ostensivo dispositivo de controle

No entanto, o que falo não é novo

mas se o povo tem o que merece

e é nossa vontade. ah! essa vontade,

será que esta sempre prevalece?

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Poeta Fernandes Oliveira
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