Dos teus olhos tenho medo.

Neles enxergo uma busca... Estás em eterno conflito,

Não sabes se acerta, ou se, simplesmente, jogas ao acaso.

Procura-se com vigor...

De repente pára. Envergá-se...

E derrotado, retirá-se, sem lutar...

Nos teus olhos vejo teu medo se fazer apelo: me pega no colo!

Como criança desgarrada da mãe, choraminga, mas não berra.

Baixinho, choraminga...

Teus olhos escurecem... E veste-se de homem.

 

Tácia Castro
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