Hipocrisia é o que eu trago a você meu caro leitor
Falo a todo instante:
Não quero!
Vai-te daqui!
Me desespero e não deixo partir
Sei que não presta pois cura-me ansiedade
Me dando ansiedade de me livrar de ti
Sem acreditar que tenho forças para conseguir fico a me diminuir
Fico imaginando quando deixei-te me possuir
Devagar silencioso me envolves-te
Com minhas próprias palavras:
Te deixo quando eu quiser!
Só que essa frase a muito deixou de ser grave
E transmudou-se em fragilidade
Pois te quero antes e depois do sono
Te peço nas farras e nos meus momentos de merencório
Te sugo deixo-me invadir quando acendo teu fogo e permito meus lábios se abrirem para ti
Em plena lucidez menosprezo o perigo que trago a mim
Tragando-te estragando-mo com prazer nasal e negrume
Sei que vou deixa-lo mas ainda quero um trago de cigarro

o que nos mata somos nos