Saudades do meu pai


                                                           Saudades de meu pai
 
Ah quanta saudade.
Lembro-me de ao tomarmos café
Eu e você na varanda
Sentado e conversando sobre planos que muitas vezes não anda.
Sua voz um pouco cansada
Coisa boa sempre me ensinava.
Às vezes em silêncio irradiava todo amor que tinha pelo próximo.
Contava as suas histórias antigas de boas intrigas,
Comentava sobre política algo que não gostava,
Tinha com o pobre um elo de verdade.
Os lugares simples lhe fazia alegria,
Era prudente naquilo que me dizia
Tinha tantos planos para a vida de todo dia
Que ainda sonhava com uma boa despedida.
Como ele era vaidoso, gostava de sair sempre cheiroso.
Era tão diferente,
Boa gente, home prudente.
Quanta saudade.
Muitas vezes me lembrava disto tudo não tenha lágrimas,
O eu vazio do meu coração,
Ficava preso ao sentimento do filho, do irmão que uma noite partiu o coração.
Meu pai rapidamente foi embora.
Seu coração resolveu parar com a história que ele queria me contar.
Muitas vezes ele olhava para o alto
Via no céu uma estrela e dizia. Ali estarei um dia...
Eu e minha mãe questionávamos, brigava.
Mas ele sorria de felicidade com aquela sensação da verdade.
O dia chegou,
A morte reinou,
E meu pai foi embora naquela hora
Deixando a saudade de uma triste e renomada história.
Meu pai em memória...
 

José Renato da Silva Júnior (Ubaíra
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