O Conto da Bolha de Sabão (ou A Vida Lá Embaixo)

Quisera eu ser
Como uma bolha de sabão
Que nasce despretensiosa e sai
A vagar pelo mundo afora
Avistando as coisas mais belas

Seres e criaturas e até mesmo
O apaixonado, de nobre coração
Que, pela amada, não mede esforços
Mesmo sabendo que juntos não ficarão
Sonha ao seu lado estar (para sempre)

E continua, o vento, a bolha levar
Quisera o apaixonado que fostes
Seu coração, como a bolha dessa fabela
Solto, livre, a vagar
Levado pelo vento, onde jamais
Pensaria em estar.

Mas ao “bater” com a amada
Seu coração, como a bolha quando se choca
Com a parede a estourar
Ficou ali, marcado e lanceado
Amando e apaixonado
Pela mais bela mulher
Que Deus já pode criar.