Tento o ofício das rimas
Tento versos no papel
Fico amiúde aréu
De tanto palavras tolejar
De tentar, com sofreguidão consigo
De forma livre, com o coração
O encaixe da alocução
E que, por palavração
Tudo se faz num lindo sentido
E por onde saio
Sem saber que sou paio
A mostrar e blasonar
E também a arengar
A rima que por acaso se formou
Mas de terminar essa fabela
Juro escondê-la em fabagela
E, ao tocar do fabordão
Apertarei o mosquetão
Para que possa entoar
A mim mesmo a gabação
Do poeta bonachão
Que para ler em altos brados
Seu poema áleo
Precisará certamente
De um ótimo dicionário.
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença