DE ASA CAÍDA


Em jovem andava no ar,

Estranha força me impelia,

Fazia que fosse sempre a aviar

Qualquer coisa que fazia!
...


Depois comecei a aterrar,

A andar mais pelo chão,

Tendo mesmo que parar

Para descansar o coração!

Agora, meu andar é devagar,

A tal força já enfraqueceu,

Deixei de ser o que fui eu!

Dizem que esta é a lei da vida:

Em novo andar a voar no céu,

Em velho ser anjo de asa caída!

É a vida!

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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo

(figas de saint pierre de lá-buraque)

Gondomar

Silvino Taveira Machado Figueiredo
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