Há uma solidão que é ainda superior à solidão:
É a de saber-se sozinho, porque ninguém está por ti.
É a de reconhecer que há uma solitude na própria alma
E sentir, e saber, bem no fundo, que não há uma presença gêmea...
Existência singular, vida ímpar, estranheza plena...
Assim é se sentir único no mundo, embora todos sejamos.
É parar para pensar em coisas que poucos pensam, pois pensar
Nos levaria às bordas da insanidade. É algo que existe, no entanto...
Há um conflito interno, mais consigo do que contra o mundo.
Tentar preencher a lacuna da alma com alguma coisa
É guerrear contra um universo completamente nebuloso...
É ser ferido por si mesmo, sangrar, morrer e renascer...
E sempre e sempre sentir-se diferente, solitário, oco...
Há uma plenitude no mundo... Mas que não preenche certas almas...
Licença
Sob licença creative commons
Você pode distribuir este poema, desde que:
- Atribua créditos ao seu autor
- Distribua-o sob essa mesma licença