Hipócrates!
Ardo em febre!
E não sei o que há com meu humor,
Eu que sou fleumática estou quente e úmida!
Tiro os pés de Gaya como alguém que nunca o fez
A desenhar miragens
Em paisagens permeadas de embriagues!
Hipócrates!
Vim buscar os teus clínicos conselhos!
Eu preciso saber!
Como vivo o abismo-Arte
Antes de findar esta minha breve vida?
E a ocasião fugaz, e a experiência vacilante
E o difícil julgamento que escondeu a saída?
Hipócrates!
Imposta foi em mim a gelidez!
E ardo em febre!
Paradoxo mortal subjuga minha carne.
Quero a febre e cuspo o fogo,
Tenho sede e bebo sangue!
Do meu corpo gélido-febril refuta meu cerne!
E certamente Hipócrates me diria "que seu remédio seja seu alimento, e que seu alimento seja seu remédio". E voltaria eu sem resposta, visto meu alimento ser a causa da doença!Goiânia 17/11/2012 - 18h50m
Emy Margot Tápia Alvear
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