estranho sentimento
se de fora ou de dentro
meio assim não sei dizer
se é de mim ou de você
pra onde ou pra quê?
foge pra longe ou perto
no rio, na rua ou no deserto
meio sem querer e querendo ser,
simplesmemnte sem poder acreditar
no que foi dito
são sebastiao ou benedito
se eram ricos ou da escória
todo dia a mesma história
os mesmos bons dias
as mesmas pessoas
o memso ar
o som a me convidar
a passos largos, devo andar
conhecidas e estranhas
adormecidas as pessoas com as mesmas idéias
o dinheiro pagando a felicidade
a mesa cheia de esperança
o brilho pras crianças
simples assim,
tudo perto de mim
uma moto, um carro
um copo de vinho no bar
um casal, um padre, um pastor, um homem quem diz
no altar feliz
sem maldade
falam de deus
de vida
de eternidade
e não sabem nem mesmo o que falam
na verdade,
as mesmas cicratizes
que calam as bocas se falam,
o medo
a morte
a vida, sem sentido
o sentido contrário sendo proibido
gente
eu queria mesmo era ser diferente
ver algo sem máscara
sair do normal
sair de casa na madriugada inteira
fazer uma festa na segunda feira
trabalhar nas férias
e descer a ladeira
comer o proibido
comer arrrotar
peidar bem alto
chutar o balde
sacudir o mundo
não ter medo de feitiço
rasgar diinheiro
queimar alguns livros sagrados
e ser abençoado por isso
ser promovido
por ser atrevido
não ter educação
nem nenhuma obrigação
tomar café da manhã à noite e jantar na alvorada
ser sério quando todos soltam uma risada
ser alegre simplório
fazer farra num velório
beber fumar
e ser palestrante sentado no auditório
ser assim diferente
ateu e crente
sábio, leigo ou sadio, doente
sonhar com um futuro
no passado
aprontar pra o dia que passou
rezar pela vida dos sadios
e pedir morte aos enfermos
aqui dentro
da minha cabeça
antes que eu me esqueça
em prosa ou verso
acreditar que sem querer
sou o centro do universo
ou não sou sei la´
em nada acreditar.
a poesia salvar.
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