não comprei nem batata
eu, sozinho,
uma noite chata,
um super mercado,
cheio de gente,
gente ingrata
andar , andar...
comecei a filosofar
parei de comprar
"melhor pensar que comprar"
como eles podiam sozinhos andar
sem, como eu
a pensar
enfeitei meus sentidos,
sem sentido, pareciam perdidos
seus sentidos
enche carrinho
enche sacolas
eu sozinho
nem comprei nada
sobi a escada
fui enbora
que bom lá fora,
pessoas, somente pessoas
gordas, magras
crianças, feias
mulheres, gordas
homens bêbados
e os carrinhos, carreando
sozinhos,
carregando todos
latas, pacotes, malotes, fardos, pesados
mentiras enlatadas,
empacotadas, pessoas enfadadas
e os carrinhos
correndo de la ´pra cá
aliás, uma fila deles
carrinhos carreatas de carinhos
carrinhos sozinhos
e eu
também sozinho
com muito dinheiro, sem poder
e calado
no mercado
só
filosofando sozinho
foi assim
um carrinho de supermercado
e eu,
meu mundo
meu sub mundo
calado
calado
calado.
pode parecer engraçado
mas calado
porém amigo
repita comigo
carinho, carrinho, calado.... sente se aui do meu lado.
não diga nada, calado.
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