Estado continental
Onde o pistoleiro a mando do grileiro é o tal
Descanso de trabalhador é o funeral
Do companheiro assassinado
Aos lamentos lado a lado
Pensando no passo que irão dá.
 
Terra cultivada por quem a necessita
Pertencente a quem lhe explora.
No cercado há quem grita
Geme e chora,
Quem planta uma nova forma de pensar.
 
Pensar criminoso,
Um ato plenamente doloso
Em tempos de primavera,
E só temos duas estações
E está são é não pensar.
 
Nesse estado de imensidão
O mal ti sorrir estendendo a mão
Ou se ajoelha em reverencia
Ou dá as contas do patrão.
 
Pistoleiro, patrão
Estado e servidão
Capitalismo, exploração
Substantivos ou verbo a todo tempo em conjugação?