As palavras me faltam
Quando meus olhos
Se cruzam com os teus...
 
 
Pensamentos a muito enterrados
Em meio ao vasto horizonte
De minhas memórias...
 
 
Ressurgem como fantasmas para me assombrar,
Pois em tua presença,
Os sentimentos que um dia ousara negar...
 
 
Transbordam em meu peito,
Já a muito retalhado, pois desde o dia que
Houve um fim vida já não havia ali...
 
Atônito e confuso, já não
sou capaz
De esconder ou negar,
Aquilo que meu semblante revela perante a ti.
 
 
Em meio a mais sagrada das confissões,
Sou sentenciado a cumprir uma penitencia,
Que não me purifica, mas sim martiriza...
 
 
Pois em meio ao mais sincero rompante de amor;
Sou forçado a conter o ardor
Que em meu peito queima como brasa...
 
 
Pois amo a quem não posso amar,
Desejo com toda a minha alma
Os lábios que não posso mais tocar...
 
 
Minha alma sangra,
Em meu rosto se reflete por meio das lagrimas
A tristeza que minha penitencia, me imporá para toda a vida...

M.S. Sobrinho
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