Um alçapão armado a beira do caminho,
Esperando o pobre pássaro que está alegre a gorjear,
Mas não sabe que triste destino está a lhe esperar.
Cantarolando voa e do alto olha o chão,
A procura de alimento para saciar a fome de dias voados em vão.
Vê do alto que em meio a uma trilha há uma porção de milho,
Porém para sua tristeza, o milho camufla uma armadilha
Que ao ser tocada desarmará e ceifará sua vida,
Tão bela e tão bem vivida no gozo da liberdade... Pelos ares.
A crueldade humana dizima seres, que nenhum mal faz ao homem
E apenas engrandece nossas belezas naturais.
Como é voraz o sentimento de algumas pessoas que apregoa
A maldade na humanidade e na diversidade de seres,
Pondo em extinção uma nação de vidas irracionais
Que vivem em seu habitat apenas para embelezar,
Dar cor e brilho as matas de nosso País, seres não hostis.
Chegará o dia em que o homem se arrependerá
De sua saga, e perdão há de pedir a Deus, por tudo que pôde destruir:
As matas, as cascatas, as cataratas as cordilheiras, a beira do belo rio,
O ninho de um passarinho.
E esses seres, ao seu modo, agradecerão aos que lutam
Por sua preservação. E viverão felizes pastando,
Voando em meio ao verde vivo de nossas matas,
Sem temerem as aratacas, armadilhas traiçoeiras,
Que os agridem, maltratam e matam.
26/05/2011
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