A minha pátria tem cheiro de gente
que cheira e sente como as frutas no pomar.
minha pátria são as estradas,
as árvores
os pássros,
o vento o ar.
o boca
o rio
o sorriso
a criança bulando dançando
saiditantis como as palavras
nascentes nos verbos,
correr pular saltar.
A minha pátria são as coisas,
as formas, a bola, a bicicleta
os olhos,
as estrelas,
o corpo,
a teia a tela a seia,
que encanta a noite escura,
que de tão pura, respira a lua, a rua a vida.
A pátria somos nós, no jornal
vivos ávidos a cosntruir o livro de cada dia,
assim como o orvalho este operario das folhas e do alimento,
que nasce alhe no toque brilante da vida que segue, naturalmente,
independente de nós.
Boca da Mata
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