A faga a faca a fada
mas eu não cortarei os pulsos
A fil a fina cor estanca na parede
a escoria músical
saliva nauseando para o esgoto a
harmonia de menescal e gilberdo da baia
Todavia não cortarei os pulsos
mas fumarei a erva medicinal
com gosto e apresso de blues
As fadas da estrada
As lavas da noite escura
A moça de cinquenta e seus bustos
á mostra no bar da esquina
uma bebida amarela enebria
o tédio, mas eu não cortarei os pulsos
por esta noite irei tranzar
uma poesia
tragando palavras
gozando do luxo de betania
e às tres como de costume
olharei a bela lua de agosto
pela janela do meu mundo,
e de escarnio eu naõ cortarei meus
pulsos, se você dormir comigo.
 

Boca da Mata
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