A M O R P R O I B I D O
Ialmar Pio Schneider
Pobre Rubião que quis o amor proibido,
o louco afeto que não era seu,
e sem desabafar num só gemido
nos mares da loucura pereceu.
Sofia há de lembrar o seu pedido,
que sem saber por que não atendeu,
e o distante cruzeiro enaltecido
continuará brilhando lá no céu,
como chamando a cativante bela,
que calma se aproxime da janela
e que venha fazer-lhe companhia.
E o vento, desfolhando as lindas flores,
há de chorar incompreensões de amores
por uma voz pungente de elegia!
Obs.: O presente soneto está baseado no maravilhoso romance de Machado de Assis:
“QUINCAS BORBA”.
Publicado no jornal “O PALADINO” de Soledade (RS) em 1966.
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