M I N H A F L A U T A
Ialmar Pio Schneider
Meu pai me deu uma flauta pequenina
nascida de uma cana de taquara,
e andei tocando para uma menina
amorosas sonatas que inventara.
E desde aquelas horas, cristalina
trilou minh’alma numa voz preclara,
cheia de afeto pela mais divina
das criaturas por quem me apaixonara.
Um dia ela partiu , foi embora
sem nada me dizer, sem despedida...
Quando soube, chorei; era menino...
Hoje a saudade vem e desarvora
meus anseios de amor por toda a vida,
e penso nela... Qual o seu destino?!...
SOLEDADE (RS) - 30.05.65
Publicado no jornal “O PALADINO” Soledade (RS).
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