Eu ando pela rua colhendo coisas mágicas.
uma delicadeza inesperada
uma flor no meio da paisagem urbana
um brilho de sol no céu poluído
uma gente sofrida que ri e se diverte no domingo
Eu ando pela rua, colhendo um motivo
pra fazer versos - e olha só, a magia:
não importa como e onde eu esteja
os versos sempre, sempre me colhem...
(Elisa Maria Gasparini Torres)
Ando pela rua colhendo fragmentos de sentidos,
Pedaços de memórias,
Restos das horas que fugiram do cotidiano,
Ando pelas ruas, perdendo-me para encontrar-me....
Tenho passos que logo esquecerei que existiram.
Guardo sorrisos nos bolsos em meio aos badulaques,
Retenho na carteira umas tantas identidades de mim.
Perco por ai o ser burocrático, e ele me persegue.
No entanto é cindido que encontro-me como todo.
(Gilberto Brandão Marcon)
Maravilha esse diálogo poético! Gilberto: "é nóis", nas letras, querido amigo! Vambooooora!