OS VELHINHOS

 

O velhinho, também já foi mocinho.

Quanto tempo se passaram,

sem perceber, caminha devagarzinho.

Muitos dizem que os tempos voaram.

 

Ao começar surgir alguns problemas,

embora muitas vezes negado,

mas não adianta se fica confirmado,

ao fazer muitos exames, programado.

 

Depois de ter vivido bastante,

pouco importa, o que será agora.

Ao sentir que já foi, outrora,

muita esperança, jogada fora.

 

Não é preciso fazer nenhum esforço,

depois que tudo, que já se passou.

Se aproveitou, quando era moço,

agora só resta gozar o que ganhou.

 

Quando si tem alguém do lado,

o velhinho se sente conformado,

ao receber atenção e cuidado,

para enfim não ficar abandonado.

 

Nem tudo está acabado,

quando o velho si sente premiado.

Com a família, unida, ele é festejado,

no seu natalício, é abraçado.

 

 

Tem muitas alegrias, o velhinho,

em ver realizar o seu sonho.

Ao receber um beijo do netinho,

ele fica todo risonho.

 

Tem datas que são comemoradas,

com muito carinho e dedicação,

fazendo vibrar o coração,

dos velhinhos, ao festejar suas bodas.

 

José Luiz de Almeida (Zé Gaiola)
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