Eu te conheço ? Naquela colisão de procura em que te encontrei
Vinhas triste, célere, com gosto de fim de festa e te socorri logo
Povoaste minha imaginação, preenchestes desertos infimdáveis
Virou domada ânsia dissimulada, sem traço de um eminente fim
Eu te conheço ? Balbuciando com irracionalidade imprecações
Denunciando aos quatro ventos vida impossível; encenação morna
Trocando esboço de personalidade: ora meio torta, ora meio tola
Esforço meu de haver vivido, tentando não produzir quebradeiras
Eu te conheço ? Te reduz em querer espaços, estreitados passos
Nessa relação sem fino trato, mas de amplo destrato sem volta
Revolta ampliada por toscas quimeras, palavras sem significância
Causou-me dó nesse incontrolável solfejo de notas vans, desafinadas
Eu te conheço ? Nessa insana ruptura de emocionais lacerações
Na maneira daqueles dias em contraponto ao que nos era raro
Revalidei-te na isenção desse isolamento só, revolvendo comoções
Relendo-me do passado . . . quem és ? Não nos apresentamos ainda !
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