Áh, como o presente não me esquece o passado e eu vivo assim;
lembrando seus toques, seus carinhos, lembrando enfim: Você.
E como me era costume, quero ainda sentir em teus braços meu porto seguro.
Quero sentir teu calor.
Teu corpo quando encontrava o meu deixava em mim felicidades,
e meu soluço acalmava e não havia mais lágrimas, tudo era amor.
Seus carinhos, mesmo que poucos congelava meu ser
e jã não sentia então as dores causadas pelo tempo, pelo amadurecer.
Seus olhos me envolviam, me cobriam de ternura
e teu beijo dilacerava minha angústia.
Áh, porque o passado se fáz presente na imaginação?
Se me tivesses outra vez, quem me dera...
Adormecer em teus braços, andar em teu colo...
Mas o homem de minha vida partiu em busca de outra vida,
e meu porto secou,
minha face entristeceu.
Meu sorriso foi buscar outro sorriso se não o seu.
Mas ele deixou lembranças.
Deixou saudades...
Porem não deixou teu nome em minha identidade.
Mas me deixou a identidade por ele nomeada.
E o único homem da minha vida, faleceu.
(Josias Souza, ao meu pai, in memorian)
© Todos os direitos reservados