O infinito
Adriana Janaína Poeta
 
Todo  poeta encerra um mundo
bem fundo no peito,
este mundo carrega feito flor e espinho,
sangra e transpira,
desagua feito rio,
provoca tempestades,
é fundo, cheio e tão vazio...
Todo poeta é sozinho,
um na multidão,
perdido e além,
um acidente do destino,
vive no mundo que inventa,
coloca a sua vida no verso.
O poeta é tão intenso,
tão quente e tão frio!
É uma curva no horizonte,
um suspiro e um riso.
Não tente entender
o que não se compreende,
o que se adivinha e caminha,
uma brisa ligeira,
capricho e desatino...
O poeta é Deus que brinca
com poeira e letras,
apenas um ponto no infinito...  
 

Adriana Janaína Poeta
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